Fuxico
Este artesanato chegou junto com a colonização. As donas de casa eram responsáveis pelas costuras das roupas para toda a família, pois ser costureira naquela época era quase um pré-requisito para a moça se casar. Não havia confecções, apenas tecidos de difícil acesso que eram comprados uma vez por ano para toda família, quando os produtos da colheita eram vendidos para confecção do vestuário. Os retalhos de tamanho maior eram emendados (até mesmo costurado manualmente por quem não possuía máquina de costura) para fazer colchas e os pedaços menores, mais difícieis de emendar, eram cortados em círculos e franzidos, transformando-se em florzinhas. O fuxico existe há mais de 150 anos e o nome surgiu por causa das mulheres do interior do Nordeste do Brasil que se reuniam para costurar e aproveitavam para fazer intrigas e mexericos, ou fuxicos. Já a versão do Vale do Itajaí é de que o nome fuxico foi dado por serem as trouxinhas de cores e estampas diferentes, formando um colorido diversificado; assim como quem conta um conto aumenta um ponto, cada um que ouve uma história ou um acontecimento a conta à sua maneira ou como a interpretou. É como se cada trouxinha fosse uma versão da mesma história.
Fonte: Projeto Resgate do Patrimônio Histórico Alto Vale do Itajaí.
